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Aplicação do Design Thinking: Melhores práticas

Escrito por Nathalia Helou Frontini | Apr 23, 2021 9:56:15 PM

Após entendermos a metodologia e aplicação do Design Thinking, agora vamos para suas melhores práticas

Caso não tenha lido a primeira parte deste artigo, sugerimos a sua leitura antes:  Design Thinking: Metodologia e Gestão.

Como toda metodologia, o Design Thinking, possui prós e contras ou, principalmente, críticas com relação à forma como o processo é aplicado. No artigo “Por que a aplicação design thinking precisa de uma reconsideração para os negócios”, escrito para o MIT Sloan Management Review (2017), os autores Martin Kupp, Jamie Anderson e Jörg Reckhenrich que, nos últimos anos ajudaram mais de 20 empresas a implementar mais de 50 projetos de design thinking, comentam que, para a metodologia alcançar seu potencial completo, ela precisa estar mais alinhada com as realidades e a dinâmica social das empresas estabelecidas. 

Para os autores, foram poucas as vezes em que viram as empresas tirarem grande proveito da metodologia. Como a metodologia se propõe a trazer soluções de inovação, de acordo com a vivência destes autores a inovação é um processo inerentemente confuso, pois entra em conflito com processos, estruturas e culturas corporativas já estabelecidas. No entanto, entendendo os desafios, é possível evitar armadilhas comuns. A raiz do problema está na desconexão que existe entre a aplicação design thinking e os processos de negócios convencionais. Muitas vezes, as empresas são resistentes às visões difusas, uma antipatia vinda desde o C-level até os funcionários. E os funcionários tendem a se esquivar dessas novas mudanças que também exigem novos hábitos. 

Outro problema está ligado às equipes, pois a metodologia exige equipes igualitárias e autossuficientes, mas não é assim que a maioria das empresas trabalha. Segundo os autores, as equipes que eles vivenciaram tendem a ter proprietários de processos que, muitas vezes, são gerentes seniores que determinam as tarefas aos membros das equipes e são responsáveis por seus resultados. Isso sem contar com o fato de, muitas vezes, esses gerentes liderarem vários projetos de aplicação design thinking ao mesmo tempo. Isso traz eficiência para eles que estão liderando, mas tira a eficiência das equipes e prejudica o comprometimento do grupo, reduzindo o progresso. Eles ressaltam quatro fatores culturais que tendem a agravar tais limitações estruturais, como: 

  1. Especialização: a especialização faz com que certos departamentos executem apenas determinadas tarefas, e isso faz com que tais pessoas tenham dificuldades de se comunicar, devido a pontos de vista que muitos chamam de “confiança criativa”. 
  2. Choque com a velocidade humana: gerentes de departamentos como jurídico e assuntos regulatórios tendem a ver sua posição com um foco em impedir que as coisas aconteçam. As pessoas desses departamentos devem adotar uma atitude positiva e concentrar suas energias criativas na exploração de como outras coisas podem ser feitas. É preciso um tipo especial de liderança para permitir essa cultura de suporte em domínios funcionais tradicionalmente conservadores e avessos ao risco. 
  3. Foco nos resultados monetários: muitas vezes, o foco está nos resultados monetários quando o foco deveria estar concentrado no aprendizado, e não no resultado. Ao focar no resultado, o processo pode eliminar a criatividade que, a longo prazo, trará resultados lucrativos. 
  4. Fobia por falhar: muitas empresas punem o fracasso, e reduzir o risco pessoal de fracasso acaba por reduzir a chance coletiva de sucesso.

Por que utilizar a metodologia para resolução dos mais variados desafios e problemas existentes

Assim como o scrum dá diretrizes para executar a gestão de projetos com agilidade e eficiência, o design thinking contribui para a criação e a inovação de produtos e serviços que solucionem os problemas presentes em nossa sociedade sob uma visão centrada nas necessidades humanas. Além disso, tal metodologia dá um norte para as equipes e abre um leque de oportunidades que podem ser identificadas. 

Mesmo diante de desafios e limitações que, logicamente, vão existir ao longo do processo, ainda segundo os autores (Martin Kupp, Jamie Anderson e Jörg Reckhenrich) existem cinco etapas que ajudam a tirar proveito ao máximo de um processo de implementação do aplicação design thinking. Veja a seguir: 

Design thinking etapas:

  1. Encorajar gerentes superiores a incentivar iniciativas como o design thinking: é importante que eles deem atenção à proatividade, participem e acompanhem o processo para impulsionar as ideias dentro da organização. 
  2. Os times devem ser balanceados com departamentos diversos: é importante os membros reconhecerem e apreciarem a diversidade de suas experiências e habilidades. 
  3. Definir regras básicas: as equipes no processo de aplicação design thinking precisam de muita autonomia para funcionar bem, e definir algumas regrinhas básicas irá contribuir para que o processo flua, evitando que os membros tenham que pedir permissão para dar pequenos passos. 
  4. O design thinking deve ser visto como um processo integrado ao desenvolvimento de um projeto ou produto: não deve ser visto como um processo paralelo ao desenvolvimento. 
  5. Redefina as métricas: as equipes não devem focar no lucro, mas no aprendizado. 

Como este tema ajuda a sociedade em ser pioneira 

Da revolução industrial à revolução tecnológica, vimos surgir inúmeras inovações que foram e são capazes de transformar não só desafios presentes na sociedade, mas também na maneira como nos relacionamos. No entanto, o processo de inovação não deve se sustentar apenas pela tecnologia. Ele deve também olhar para as necessidades das pessoas e para os grandes problemas da atualidade. 

Como o próprio Tim Brown reforça em seu livro, precisamos de novas escolhas – novos produtos que equilibrem as necessidades dos indivíduos e da sociedade como um todo; novas ideias que lidem com os desafios globais de saúde, pobreza e educação; novas estratégias que resultem em diferenças que importam; e um senso de propósito que inclua todas as pessoas envolvidas. 

Para contarmos com uma sociedade pioneira, capaz de desenvolver projetos, produtos e iniciativas que ajudem a solucionar os grandes problemas presentes na sociedade, metodologias como a de design thinking podem ser transformadoras e auxiliar em nossa jornada.

Growth Hacking + Design Thinking

Empatia, colaboração e experimentação são os pilares da metodologia de Design Thinking. Enquanto isso, o Growth tem como premissas um time multidisciplinar que trabalhe em conjunto, bem como a testagem rápida para compreensão da forma mais eficaz de gerar crescimento para um modelo de negócio. Ambas dependem diretamente do exercício de criatividade das equipes, e podem se tornar complementares de forma que o Design Thinking – enquanto metodologia centrada na experiência humana – pode garantir que a equipe de crescimento não se esqueça dos valores humanos que se tornam cada vez mais importantes.

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